Homenagem ao lendário herói ancestral dos ingleses que deu título a um dos considerados "Cem Maiores Livros do Mundo" e tido como o mais antigo escrito em "Old English".

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

NOSSOS VOTOS DE BOAS FESTAS

Aos amigos que acompanham o nosso "blog" queremos, nessa oportunidade, desejar um Natal muito feliz, com as bençãos de Deus, e um Novo Ano de 2009 repleto de eventos felizes e de muita paz no seio de suas famílias.
E para que conheçam mais uma parte da nossa família, aí segue o "link" que os conduzirá ao cartão de boas festas que preparamos para todos os nossos parentes e amigos queridos, entre os quais incluímos os nossos leitores.
Boas Festas!!!
Nelson Azambuja e Família.

VIRTUS IN MEDIUM EST


Um dia desses, enquanto realizava as minhas abluções vespertinas (na verdade, tratava-se apenas do meu banho diário), dei-me conta de que é, exatamente, nesta hora, que mais ponho a minha cabeça a funcionar, com ótimo proveito para a solução dos meus problemas. Como tenho um chato hábito de não desperdiçar o meu tempo, sempre procuro fazer, pelo menos, duas coisas ao mesmo tempo. Isso, evidentemente, contrariando à teoria das mulheres que dizem que homem nenhum consegue fazer duas coisas ao mesmo tempo. A favor das mulheres, o fato de que, na verdade, sempre procuro encontrar duas coisas que, razoavelmente, se compatibilizem, pois de outra forma tal ação poderia vir a tornar-se um esforço sobre-humano – ninguém é de ferro! Prosseguindo, em nenhuma outra hora ou situação sinto-me tão à vontade para pensar do que quando estou tomando banho. A sensação é tão agradável que já estou tomando três banhos por dia (e penso seriamente em ampliar essa média) para contar com mais tempo para pensar. Contra a minha salutar intenção, o fato de que tenho outras coisas para fazer e enquanto tomo os meus banhos não posso fazer nenhuma delas, além de pensar. Este é exatamente o outro fator positivo a favor do banho como esta situação privilegiada: o fato de que enquanto alguém toma banho, fica absolutamente impedido de fazer qualquer outra coisa a não ser pensar. O que facilita em muito a minha vida – e faz as mulheres darem muita risada.

Então, como ia dizendo, tomava banho e pensava. E como não tinha qualquer outro compromisso a não ser tomar banho, pensava sobre vários assuntos ao mesmo tempo, meus pensamentos vagavam de um a outro, sem a menor responsabilidade. De onde fico com a impressão de que todos os grandes pensadores e filósofos da história e do mundo passavam a maior parte do seu tempo no banheiro – tomando banho ... e pensando! E o pensamento tem a capacidade impressionante de provocar outros pensamentos; não, de puxar outros pensamentos, às vezes de alguma forma correlacionados, às vezes sem qualquer conexão um com o outro. E de repente me botei a pensar em como as pessoas possuem, em geral, a tendência de se bi polarizarem. Ou estão de um lado da questão, ou estão do outro, não pode nunca haver o meio-termo. Gabam-se de assim proceder e condenam os que assim não agem. Em geral, o que é a favor de um dado argumento, não vê qualquer ponto positivo no argumento contrário. Os poucos que assim ousam, são mal vistos; a primeira reação é a ofensa direta: “fulano está em cima do muro!”. Por que tem que ser assim?

Quando São Tomás de Aquino, no século XIII, usou pela primeira vez a expressão latina "Virtus in Medium Est", que significa, como não é difícil de adivinhar, “A Virtude Está No Meio”, ele pretendeu sintetizar a liturgia da Ascensão de Cristo e seus reflexos em nossas vidas: de nada adianta ficar olhando para o céu se não nos preocupamos em viver as virtudes da fé e da caridade já, aqui na terra; tanto um extremo quanto o outro fazem de nós pessoas alienadas, que ou vivem mergulhadas no mundo como vermes que rastejam sobre a terra, buscando unicamente os bens terrenos, ou como seres aéreos, com a cabeça “fora do ar”, “fora da casinha”, que não se preocupam com o presente.


O nobre objetivo de São Tomás de Aquino, frade dominicano, teólogo, distinto expoente da escolástica, proclamado santo e cognominado Doctor Communis ou Doctor Angelicus pela Igreja Católica e chamado o mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios, foi popularizado com o passar dos tempos, mas isso não significa que a expressão não continue valendo. Os extremos são maus, não importa o assunto que esteja sendo tratado. Todo o exagero é pernicioso e entendemos isso a partir das coisas mais simples: comer demais faz engordar e cria problemas para a saúde, da mesma maneira que comer muito pouco leva aos exageros da magreza, tão em moda hoje em dia, responsável por tantos males no mundo das modelos.




Os exemplos são incontáveis e basta pararmos um pouco para pensar e nos daremos conta disso. Mas o mais interessante de tudo isso é o fato de que as pessoas, de uma maneira geral, não se apercebem de que perambulam pelos extremos; e mais, gabam-se disso! É muito comum ouvir-se a sentença: “é preciso ousar, é preciso ir aos extremos!”; da mesma forma que a palavra “medíocre” tornou-se comum para expressar a coisa ou pessoa vulgar, ordinária ou comum quando, na verdade, a origem da palavra é bem outra. E isso não é recente, pois há muito que, por exemplo, “mediocracia”, de acordo com o “Aurélio”, significa “predomínio social das classes médias, da burguesia”, sempre com sentido pejorativo. Mas não é exatamente isso o que se deseja, que não haja nem tão ricos (extremo), nem tão pobres (o outro extremo), mas que haja a predominância de classe média? Sábio era Aluísio Azevedo que em sua “Casa de Pensão”, já dizia: “Não as vá procurar (as moças) na alta sociedade ...! mas indague-as cá por baixo, na mediocracia, que as há de descobrir”.

O resultado desse procedimento generalizado, no cotidiano da vida em sociedade, são as discussões acaloradas e sem término, muitas vezes até mesmo ríspidas, pela única razão de que o meio termo não pode existir: é o famoso “nem oito, nem oitenta” ou o “nem tanto ao mar, nem tanto à terra”, que os nossos avós sensatos diziam. Pessoalmente, estou convicto de muita coisa no mundo poderia mudar para melhor, se as pessoas fossem menos radicais em seus atou ou opiniões; sem que fosse necessário, ao esportista gaúcho, usar camisa azul e vermelha no gre-nal para dizer que é mais ponderado ou, ao tradicionalista rio-grandense-do-sul, usar lenço vermelho e branco ao pescoço para significar que não é nem chimango nem maragato. Nesse caso, estariam ambos “indo ao extremo” da ponderação.

Tenham todos uma boa discussão!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A REVOLUÇÃO DE 1932

Generalidades
A Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 32 ou Guerra Paulista, foi o movimento armado ocorrido no Brasil entre Julho e Outubro de 1932, quando o estado de São Paulo visou à derrubada do governo provisório de Getúlio Vargas e à instituição de um regime constitucional após a supressão da Constituição de 1891 pela Revolução de 1930.
Obviamente, um estado forte como São Paulo, não deixaria o movimento de 1930 sem uma pronta resposta, assim que tivesse a oportunidade mais favorável. Essa foi a primeira grande revolta contra o governo de Getúlio Vargas e o último grande conflito armado ocorrido no Brasil.
No total, foram 85 dias de combates, (de 9 de julho a 2 de outubro de 1932), com um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas, não oficiais, reportem até 2.200 mortos, sendo que inúmeras cidades do interior do estado de São Paulo sofreram danos devido ao combates.
A política centralizadora de Vargas desagradara as oligarquias estaduais, especialmente as de São Paulo. As elites políticas, do Estado economicamente mais importante, sentiam-se prejudicadas e os liberais reivindicam a realização de eleições e o fim do governo provisório. O governo Vargas reconhece oficialmente os sindicatos dos operários, legaliza o Partido Comunista e apóia um aumento no salário dos trabalhadores. Estas medidas irritam ainda mais as elites paulistas. Em 1932, uma greve mobiliza 200 mil trabalhadores no Estado. Preocupados, empresários e latifundiários de São Paulo se unem contra Vargas.
Apesar da derrota paulista em sua luta por uma constituição, dois anos depois da revolução, em 1934, uma assembléia eleita pelo povo promulga a nova Carta Magna.
Atualmente, o dia 9 de julho, que marca o início da Revolução de 1932, é a data cívica mais importante do estado de São Paulo e feriado estadual. Os paulistas consideram a Revolução de 1932 como o maior movimento cívico de sua história.


Contexto
Na primeira metade do século XX, o Estado de São Paulo vivenciara um acelerado processo de industrialização e enriquecimento devido aos lucros da lavoura de café e à articulação da política do café-com-leite, pela qual se alternavam, na presidência da República, políticos dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais.
No início de 1929 o governo federal de Washington Luís, ao nomear o paulista Júlio Prestes, preteriu a vez de Minas gerais no jogo da sucessão presidencial, rompendo a "aliança café-com-leite", na qual São Paulo e Minas gerais, os Estados mais ricos da União, alternavam-se no poder, desde o governo de Campos Salles (1898-1902). Assim, Minas rompe com São Paulo, une-se á bancada gaúcha no Congresso e promete apoio a Getúlio Vargas, se este concorresse á presidência.
Em setembro de 1929, Minas, Rio Grande do Sul e Paraíba formaram a "Aliança Liberal" lançando Vargas à presidência e João Pessoa, da Paraíba, à vice. Apoiavam também o partido, a classe média e os tenentes, que defendiam reformas sociais e econômicas para o país.
Em meio à grave crise econômica, devido à Grande Depressão de 1929 que derrubara os preços do café, Júlio Prestes foi eleito presidente em 1º de março de 1930, pelo Partido Republicano Paulista, mas não tomou posse.
A ala mais radical da Aliança Liberal resolve pegar em armas e usa o assassinato de João Pessoa, em julho de 1930, como o estopim do movimento. O crime não teve motivos políticos, mas foi usado como tal, cujo impacto emocional deu novo ânimo aos oposicionistas derrotados. Cresce o apoio popular e os preparativos do golpe foram levados adiante e com rapidez pois se aproximava o momento da posse de Júlio Prestes. Em 3 de outubro de 1930 estoura a insurreição. Os rebeldes tomam os três Estados que irradiaram a revolução (Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba) e rumam para a capital federal.
Vencida a revolução, Getúlio Vargas foi nomeado chefe do governo provisório e põe fim à supremacia política de São Paulo e Minas Gerais no governo federal e instalando no Brasil uma ditadura. Minas Gerais, porém, apoiou a Revolução de 1930 e a ditadura de Getúlio Vargas.
Júlio Prestes e o presidente Washington Luís e vários outros apoiadores de Júlio Prestes foram exilados na Europa e os jornais que apoivam Júlio Prestes foram destruídos (na época se dizia empastelados), entre eles, a Folha de S. Paulo e o Correio Paulistano.
Getúlio nomeou interventores para o governo dos Estados, sendo que para São Paulo foi designado o tenente, promovido a coronel, pela Revolução de 1930, João Alberto Lins de Barros, considerado pelas oligarquias como "forasteiro e plebeu" e também chamado de “ o pernambucano”, pelo povo paulista.
Em 1932 a irritação dos paulistas com Getúlio Vargas não cedeu com a nomeação de um paulista, Pedro Manuel de Toledo, como interventor do Estado, pois tanto este quanto Laudo Ferreira de Camargo (que havia renunciado por causa da interferência dos tenentes no governo), não conseguiam autonomia para governar.
Começou-se, então a tramar-se um movimento armado visando à derrubada da ditadura de Getúlio Vargas, sob a bandeira da proclamação de uma nova Constituição para o Brasil.A primeira grande manifestação dos paulistas foi um mega comício - na época se dizia meeting -, na Praça da Sé, no dia do aniversário de São Paulo em 25 de janeiro de 1932, com um público estimado em 200.000 pessoas. Em maio de 1932, ocorreram vários comícios constitucionalistas. (abaixo, cartaz revolucionário de 1932)


O Partido Republicano Paulista e o Partido Democrático de São Paulo, que antes apoiara a Revolução de 1930, uniram-se na Frente Única para exigir o fim da ditadura do "Governo Provisório" e uma nova Constituição. Assim, São Paulo inteiro estava contra a ditadura.
Os paulistas consideravam que o seu Estado estava sendo tratado pelo Governo Federal, que se dizia um "Governo Provisório", como uma terra conquistada, expressão de autoria de Leven Vanpré, governada por tenentes de outros estados e sentiam, segundo afirmavam, que a Revolução de 1930 fora feita "contra" São Paulo, pois Júlio Prestes havia tido 90% dos votos dos paulistas em 1930.
O estopim da revolta foi a morte de cinco jovens no centro da cidade de São Paulo, assassinados a tiros, por partidários da ditadura, pertencentes à "Legião Revolucionária", criada por João Alberto Lins de Barros e orientada pelo Major Miguel Costa, em 23 de maio de 1932.
Pedro de Toledo tentara formar um novo secretáriado, independente de pressões dos tenentes, quando chegou a São Paulo Osvaldo Aranha, representando a ditadura, querendo interfir na formação do novo secretariado. O Povo quando ficou sabendo, saiu as ruas, houve grandes comícios e passeatas, e no meio do tumulto, a multidão tenta invadir a séde da "Legião Revolucionária". Ao subirem as escadarias do edifício, são recebidos a bala.
A morte dos jovens deu origem a um movimento de oposição que ficou conhecido como MMDC, atualmente denominado oficialmente de MMDCA, sigla formada com as iniciais de seus nomes: Mário Martins de Almeida (Martins), Euclides Bueno Miragaia (Miragaia), Dráusio Marcondes de Sousa (Dráusio), Antônio Américo Camargo de Andrade (Camargo) e Orlando de Oliveira Alvarenga (Alvarenga).
O dia 23 de maio é sagrado em São Paulo como o Dia do Soldado Constitucionalista.
Esse fato levou à união de diversos setores da sociedade paulista em torno do movimento de constitucionalização. Neste movimento, liderado pelo MMDC, tanto se uniu o PRP e Partido Democrata, chamados, pela ditadura, de "oligarquia" e que pretendiam a volta da supremacia paulista e do PRP ao poder, quanto segmentos que desejavam a implantação de uma verdadeira democracia no Brasil, mais ampla que a democracia da Constituição de 1891.


A Revolução e Suas Conseqüências
Em 9 de julho eclodiu o movimento revolucionário, com os paulistas acreditando possuir o apoio de outros Estados, notadamente Minas Gerais (porque o apoio desse estado que dois anos atrás havia provocado a revolução de 1930, justamente contra São Paulo?), Rio Grande do Sul (e eu fico me perguntando de onde vinha essa crença, se considerarmos que Getúlio Vargas era gaúcho e dois anos antes havia dado um golpe com o apoio de todos os gaúchos) e do sul de Mato Grosso, para a derrubada de Getúlio Vargas. Pedro de Toledo, que ganhara forte apoio dos paulistas, foi proclamado governador de São Paulo e foi o comandante civil da revolução constituionalista. (abaixo, foto de 1932 mostrando soldados paulistas entrincheirados).


Foi lançada uma proclamação da "Junta Revolucionária" conclamando os paulistas a lutarem contra a ditadura. Formavam a Junta Revolucionária, Francisco Morato do Partido Democrático, Antônio de Pádua Sales do PRP, Generais Bertoldo Klinger e Isidoro Dias Lopes. O general Euclides Figueiredo assumiu a 2º Região Militar.
Alistaram-se 200.000 voluntários, estimando-se que destes, 60.000 combateram nas fileiras do Exército constitucionalista.
No Estado, a Revolução de 1932, contou com um grande contingente de voluntários civis e militares e o apoio de políticos de outros Estados, como Borges de Medeiros (do Rio Grande do Sul), Artur Bernardes (de Minas Gerais) e João Neves da Fontoura (também gaúcho). No atual Mato Grosso do Sul foi formado um estado independente que se chamou Estado de Maracaju, que apoiou São Paulo.
São Paulo esperava a adesão do interventor do Rio Grande do Sul, o estado mais bem armado, mas este na última hora decidiu enviar tropas não para apoiar São Paulo, mas para combater os paulistas (confirmando o que se havia suspeitado acima).
Apesar da "traição" oficial do governo do estado, alguns gaúchos entraram na luta no próprio Rio Grande. Liderados por Borges de Medeiros um batalhão de cerca 450 homens praticava, utilizando termos atuais, táticas de guerrilha para fixar tropas federais, isto é, atacando destacamentos que partiriam do Rio Grande do Sul para vir reforçar os getulistas contra São Paulo, impedindo-os de chegar nos frontes, principalmente na frente paranaense.
Os revolucionários rio-grandenses tiveram um fim na Batalha de Cerro Alegre, no município de Piratini no dia 20 de setembro de 1932, quando foram mortos mais de duzentos homens das forças constitucionalistas e o líder Borges de Medeiros preso. Infelizmente os feitos destes bravos revolucionários estão quase esquecidos, principalmente pelo fato de não haver apoio oficial do governo, considerado uma grande traição pelos paulistas, criando assim uma rivalidade entre os dois Estados. O movimento paulista estendeu-se até 2 de outubro de 1932, quando foi derrotado militarmente. (abaixo foto do Ibirapuera - Monumento aos heróis de 1932)

Observe-se que, em 9 de julho, Getúlio Vargas já havia estabelecido eleições para uma Assembléia Nacional Constituinte e que já havia nomeado um interventor paulista - as duas grandes exigências de São Paulo. Porém a interferência do governo federal e dos tenentes em São Paulo continuava forte. Estes atos do Governo Provisório, porém, não evitaram o conflito, já que o que a elite paulista realmente almejava voltar a dominar a política nacional, como fazia anteriormente, reparando a injustiça de Júlio Prestes não ter tomado posse em 1930, dar uma constituição ao Brasil e terminar com as interferências da ditadura no governo de São Paulo.
Porém o término da revolução constitucionalista marcou o início do processo de democratização. Em 3 de maio de 1933 foram realizadas eleições para a Assembléia Nacional Constituinte quando a mulher votou pela primeira vez no Brasil em eleições nacionais. Nesta eleição, graças à criação da Justiça Eleitoral, as fraudes deixaram de ser rotina nas eleições brasileiras.
Na versão do governo, a revolução de 1932 não era necessária pois as eleições já tinham data marcada para ocorrer. Segundo os paulistas, não teria havido redemocratização no Brasil, se não fosse o Movimento Constitucionalista de 1932.
Getúlio, terminada a revolução de 1932, se reconcilia com São Paulo, e depois de várias negociações políticas, nomeia um civil e paulista para interventor em São Paulo: Armando de Sales Oliveira, participando, mais tarde, em 1938, pessoalmente da inauguração da avenida 9 de julho em São Paulo.Durante o Estado Novo, os dois interventores federais em São Paulo saíram das hostes do Partido Republicano Paulista: Adhemar Pereira de Barros (1938-1941) e Fernando de Sousa Costa (1941-1945) que havia sido secretário da agricultura do Dr. Júlio Prestes.